"Dois hospitais de Brasília deixaram de atender o secretário de
Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, porque
ele não tinha cheque para pagar pelo atendimento. Duvanier sofreu um infarto
do miocárdio na madrugada desta quinta-feira e percorreu dois hospitais
antes de falecer em um terceiro. O plano de saúde dele só foi aceito no
último.
Segundo servidora do MInistério do Planejamento ouvida pelo iG,
a mulher de Paiva contou que implorou por socorro e não foi atendida.
Ela disse ainda que o plano de saúde do casal não foi aceito no primeiro
hospital que procuraram, o Santa Lúcia.
Primeiros socorros: como agir em uma emergência
Os atendentes informaram que eles precisariam então deixar uma
garantia, um cheque-caução. Como saíram de casa correndo por causa das
fortes dores no peito que Paiva sentia, estavam sem talão. Deixaram o
hospital para procurar um caixa eletrônico, mas não conseguiram sacar
nada. Decidiram, então, procurar outra unidade de saúde.
De acordo com o relato dessa servidora, Paiva e sua mulher foram ao
Hospital Santa Luzia, localizado próximo do primeiro. Lá, o plano de
saúde também não foi aceito. Novamente, exigiram garantias de pagamento.
A mulher do secretário, então, teria gritado que o marido precisava
de ajuda e iria morrer se não tivesse atendimento. Os atendentes
disseram que era o “procedimento” e eles se dirigiram a um novo
hospital, o Planalto. Lá, enquanto preenchia o formulário de entrada,
Paiva desmaiou. Foi prestado socorro, mas ele não resistiu.
Para a família, o casal, por ser negro e estar sem dinheiro, pode ter sido vítima de discriminação."
Extraído de Último Segundo
Irônico.
ResponderExcluirUm caso para ser enquadrado na mesma categoria do acontecido com o ex-presidente Lula, que afirmou que o SUS tem uma qualidade tão boa que ele mesmo trataria por lá, caso necessitasse.
E no entanto, quando descobriu o câncer, bem sabemos a qual sistema de saúde ele recorreu.